Páginas

domingo, 30 de outubro de 2011

Mistérios de um coração incerto

Você me olha mas não sabe o que estou sentindo. Mas como você poderia saber que meu coração está despedaçado se você nunca conheceu minha alma? As minhas incertezas banais não fazem parte do seu cotidiano ou será que fazem e eu não sei?

Se você sabia ou não, agora tanto faz, vou te contar. Eu cansei de tentar ser quem eu sou. Mas como poderia? Se não sei quem eu quero ser. Eu quero estar junto mas só me vejo sozinha. Eu preciso que a minha pessoa idealizada chegue logo. Que ela me entenda, dê me atenção, colo, que enxugue minhas lágrimas, que fala apenas que tudo vai melhorar. Diga-me coisa sábias que me faça rir, que me abrace, que tire essa solidão do meu ser. Distraia-me, vamos aventurar.

É muito fácil idealizar alguém, sentar e esperar. Eu quero acabar com esse vazio. Tenho que aceitar que estou só, buscar você em mim. Eu tenho que voltar a sonhar, assim como me ensinaram. Mas todas as vezes que fecho os olhos e deixo a imaginação me guiar, perco-me na realidade e acabo aumentando esse buraco negro que tenho no lugar do coração que suga minha alegria, minha esperança, minhas forças e meus sonhos.

Viu? E você achou que esse sorriso que exponho poderia esconder esse rio que brota dos meus olhos, que molham essas folhas secas em que escrevo e leio em busca de conhecimento, em busca de uma luz que me mostre um caminho, que me tire da escuridão.

Viu? E você (ou foi eu?) acreditou que eu poderia mudar o mundo. Fale mais sobre a sua forma de ver o mundo, conte-me mais sobre a sua filosofia, da última vez deu certo, você me confortou sem saber. Falei,falei,falei e não disse nada. Daqui para frente você terá que desvendar meus mistérios sozinho. Ok, fale-me sobre você agora!

"Y no hay pegamento para este corazón tan roto. Ni medicamento que me cure el vacío que noto." [ Pignoise ]