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segunda-feira, 23 de maio de 2016

Before and after

Parte I 

Minha, só minha.
Sou eu quem decido quem toca os meus lábios.
E daí se você não é uma boa companhia?!
E se a sua fama for de galinha.
Os outros se acham sempre tão sábios.
É que eles aparecem só na hora do estrago.
Não tentaram, sem sucesso, fugir do seu abraço.
Não ficaram hipnotizados na sua boca desenhada.
Muitos menos riram do seu jeito babaca.

Os outros, ah, são só os outros.
Antagonistas da nossa história.
Pouco me importa pra quantas você jura amor
ou quantas dormiram junto a seu calor.
O que me importa é o agora.

Eu, você...e o tempo para nessa hora.
Olhar no olhar, como se nada pudesse nos separar.
Mas só até você se afastar.
Aí já não sei que tanto você gosta.
Se você volta.

O que me parece ser muito,
pra você  é  insuficiente.
Minhas mãos sempre tão frias
Sim, mostram que meu coração está quente.
E você ainda vem duvidar.

Eu não aprendi a me apaixonar.
Tenho medo de me entregar.
Mais ainda tenho do fim.
De me entediar e querer te deixar.
Enfim.

Quero você só pra mim.
Sem chance de te perder ou dividir.
Dê o dedinho e jura!
Que até o amanhecer serei
sua, só sua.

Parte II

Das contradições da vida, essa é a que mais me irrita.
O inicio e o fim no mesmo lugar, o primeiro e o último beijo.
Você ali, onde eu sempre te deixo.
Como se logo eu fosse voltar ou você me visitar.
A vida não seria tão justa, meu querido.
Como eu, você também tem o seu caminho.
E pode ser que nunca mais eu tenha seu carinho.

Não acredito em contos de fadas.
Quando lembrarmos disso, daremos grandes gargalhadas.
Você longe de ser um príncipe.
Eu, aprendendo a ser uma namorada.
Não vai durar, alguém disse.
Ainda que tivesse sido rápido.
Eu teria tentado.

Já não sou mais a mesma, menos ingênua.
Entre o bom e o ruim disso, há uma linha tênua.
A verdade é que não tiro e nem ponho.
E sei que ainda teremos mais um sol se pondo.
No Rio, em Nova York, no Egito, na China.
Mais um Janeiro, mais uma Copa, mais uma briga.

Meu amor, também não seremos mais os mesmos.
E pode acontecer de não nos reconhecermos.
Talvez, volte aquela fase gostosa.
Em que tudo é descoberta e horas de prosa.
A paixão por uma terra nova e que no fundo já é nossa.

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